09 agosto, 2007

Um basta para mim

Chega!
Olhei-me no espelho agora e senti vergonha, profunda vergonha.
Chega de pedir para o mundo sentir pena de mim. Não preciso dela.
Chega de pedir para você ter pena de mim, olhar para mim. Não vou morrer. E se quer saber, no fundo, apesar da dor real, meu drama é muito mais por licença poética. Mas a poesia tá ficando chata. Por isso vou parando por aqui com essa choradeira. Aliás, nem chorando, de fato, eu estou mais. Tirando a estranheza, até que estou bem.
Chega de mostrar ao mundo meu peito machucado. Eu posso me curar sozinha e, aliás, somente eu posso fazer isso. E uma hora a gente tem que parar de chorar em cima do cadáver e tem que enterrá-lo.
Preciso me dar um basta com essa palhaçada, porque ela perdeu a graça. Aliás, quem tem lido isso aqui, não deve achar graça nenhuma. Pelo contrário.
Foi isso. Bastou ouvir as palavras certas e sábias e me olhar no espelho para sentir o quão ridícula tenho sido. E também para sacar que estou fazendo drama por algo que eu mesma cheguei a querer e só não tive coragem de admitir para mim mesma.
O lance agora é comigo e com o tempo. Chega de me mostrar mais fraca do que sou. É hora de usar o meu direito de permanecer calada, para que nada que eu diga ou sinta demais seja usado contra mim mesma.

2 comentários:

Tatiana disse...

Isso aí, mulher!
Assim que se fala!

Marina F. disse...

Querida, uma hora cansa, né? Bola pra frente.
beijosss.