05 julho, 2009

Assim, meio zonza...

Eu estico, puxo, viro do avesso tanto a minha vida que tem horas que me sinto cansada, zonza mesmo. Sinto um frio na barriga, um medo do futuro, um medo da incerteza, um medo do novo e do mesmo. Estava tudo parado, águas calmas, águas turvas e calmas. Fui lá e joguei uma pedra, balancei tudo, joguei água pra fora, tentei enxergar o fundo, clarear a visão. Fiz isso e agora estou na transição. Tudo é incerto, tudo é impreciso. E eu me canso.
A rotina me pega e eu fujo, vou pra balada, bebo, danço, rio, busco o incerto. Mas tem horas que tudo me parece chato de novo, todo mundo triste, solidões passeando pela madrugada, beijando bocas por beijar, ouvindo sons da pior espécie, se enganando. Um montão de ilhas vagando. E eu sinto falta do mesmo, de casa. Altos e baixos, quero girar a 200 e 0 por hora. Não tomei ácido nenhum, mas minha mente é muito doida. Tem horas que sinto umas vontades estranhas, como de ficar quieta, de fazer um filho, de ficar o dia inteiro sem fazer nada. Julgo meus atos como um carrasco, me sangro, me zango comigo. Tenho detestado meus textos. Estou órfã de palavras. Estou órfã de música.
Hoje eu queria ficar apenas contemplando o dia, ouvindo algo como Guinga ou André Mehmari. Só contemplando. Quem sabe um banho bem quente. Ou a sua companhia.

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