07 novembro, 2009

Ah, essa inquietude eterna...Ai, esse orgulho que me faz ficar irritada quando levo puxões de orelha, alguns merecidos, outros nem tanto...Ai, essa vontade de abraçar o mundo, de ser feliz todo dia, toda hora, de ter prazer. Não concebo a vida sem prazer. Imaturidade? Talvez. Nesse ponto sou uma eterna criança. Não concebo um dia sequer sem prazer, nem que o prazer seja jogar o corpo na cama depois de um dia de muito cansaço. Aliás, sempre pautei a minha vida por prazer e nessa busca, contraditoriamente, eu já sofri tanto e tão intensamente...
Mas hoje? Hoje eu quero mais. Eu continuo querendo mais, apesar de ter meus desejos do tipo casa, cachorro, uma criança com a minha cara, enfim, aqueles sonhos de menina, de comercial de margarina. Aquela necessidade de estabilidade, de segurança, de carinho, etc, etc. Mas eu quero tudo isso e mais. Por isso é que sempre tudo me faz tanta falta, inclusive eu mesma.
Um jazz nervoso, ou um som brazuca nervoso, era tudo o que eu precisava hoje. Cerveja, sair um pouco do sério, me entregar à noite de calor que pede para que saiamos um pouco do chão. É isso o que está pedindo esse meu coração que hoje, não sei porque, está meio apertadinho, talvez um pouco dividido entre colocar os pés no chão e tirar. Será que é possível viver com os pés entre o chão e fora dele? Sou até capaz de pisar firme, com as minhas duas plantas do pé inteiras no chão. Mas não conseguiria viver com eles grudados o tempo inteiro. Eu preciso voar de vez em quando. Eu preciso fechar os olhos e embarcar no improviso da vida. Não aguento ficar só no tema. Pelo menos uma vez ao dia eu preciso compor minha própria melodia, ou enlouqueço.

Um comentário:

Renato disse...

Olha só... quando for tirar os pés do chão, chama ae!! Tb acho que de vez em quando é necessário!!
Falou querida! Beijo!
Renato