25 novembro, 2007

Inquietudes

Domingo de inquietudes. Do meu ventre, que não carrega nada, e por isso mesmo dói para sangrar, deixando-me com as pernas zonzas, as costas cansadas e com uma sensação permanente de querer voltar para a cama, de onde, tenho a impressão, jamais deveria ter saído hoje. Do meu coração, apertadíssimo com as reviravoltas da minha cabeça que fica viajando entre outras tantas inquietudes, vontades e (des) vontades. Ficar ou partir? Continuar ou rever? Recomeçar ou insistir? Calar ou dizer tudo que sinto? Campinas ou São Paulo? Produção ou redação? Escrever as linhas da minha vida ou deixar que a vida escreva seus maus e bons traços? Abortar o livro atual da minha existência para (re) lançar outro ou continuar tentando chegar a um desfecho pra história que as circunstâncias estão me obrigando a dar andamento? Sinto que me falta inspiração para tanto. Quando chego nesse momento, o melhor é recomeçar do zero. Não consigo consertar texto já começado. Fazer reforma, pra mim, é muito mais difícil do que construir outra coisa a partir do primeiro tijolo de novo.
Hoje queria um colo, mas me contentaria em poder estar no colo da minha cama. Quase 30 anos e as mesmas inquietudes dos meus 15 anos. Querer o que? Será que naquela época eu imaginava estar trabalhando durante 10 horas quase todos os domingos, sem nem saber por que, pra que, e se gosto do que estou fazendo?
Inquietudes...

2 comentários:

KARAM VALDO disse...

A resposta está nas brechas.

Tatiana disse...

Eu acho que sempre existem inquietudes.
Só param quando desistimos.
E não dá pra desistir, né?