06 fevereiro, 2008

Apuração de carnaval

Dois bailes de carnaval bem dançados, como há muito não fazia, regados ao ótimo som do grupo Sururu na Roda,de Nilze Carvalho.

Uma noite de desfile de escolas de samba com direito à chuva, suor e cerveja, literalmente. Gostoso, emocionante, mas cansativo. Não dá para ir todo ano não.

Ouvir "o som dos tamborins e o rufar dos tambores" da minha Mangueira, apesar da escola não ter sido lá estas coisas com seu frevo e ter simplesmente ignorado o centenário do mestre Cartola, relegando-o a um único carro alegórico.

Saber, mais uma vez, que EU ODEIO EXCURSÃO, pelos seguintes motivos:
- odeio viajar horas e horas e ainda fazer paradas imensas em postos de beira de estrada deprimentes e com aqueles bibelôs horríveis que só posto de beira de estrada tem
- odeio dinâmicas de grupo do tipo "vamos nos apresentar", ou gente que coloca dvd de gosto duvidoso pra rodar
- é o fim da picada andar que nem na época da escola: agora todo mundo em fila, agora a chamada, agora é descer, não atrasem, etc, etc
- é impossível aglomerar 45 pessoas e ter algo em comum com elas. Ainda mais numa excursão em que a faixa etária média era de 40 a 50 anos e o programa mais comentado era o Big Brother Brasil.

Sacar, mais uma vez, que cada vez estou ficando mais chata e preciso ficar sozinha. Dividir quarto é uma droga, principalmente pra quem odeia ser acordada com a luz na cara.

Tentativa de desvendar o mistério dos foliões convictos de carnaval. O que faz a pessoa entrar num estado de delírio completo ouvindo Mamãe eu quero? Mesmo não tendo descoberto a resposta, em alguns momentos a tentativa de compreensão foi divertida.

Um monte de homem vestido com as coisas mais ridículas, passando por fraldas de bebê (apenas as fraldas), a crustáceos, joaninhas e cabrochas.

Muito cheiro de urina no nariz

Nove horas de viagem para ir, nove para voltar.

Chuva, muita chuva, claro. Como é sempre do meu feitio. As nuvenzinhas andam sempre comigo, a tiracolo, mas somente nos dias de folga, é claro.

A biografia inteira da Maysa devorada, nos intervalos de folia, nos momentos de solidão (que foram muitos) e nas milhões de horas de ônibus.

Ah, consegui ler no ônibus sem passar mal!! Grande vitória!

No meio da folia, introspecção, muita, violenta introspecção. E diversas fichas caindo, caindo, e outras ainda enroscando, enroscando...

Muita história para contar.Queira ou não, é sempre bom estar no Rio de Janeiro.

2 comentários:

Unknown disse...

Como eu queria conhecer o Rio, mesmo passando por tudo isso...rsrs...

Um dia...um dia...

Gosto tanto de suas palavras, aqui e no meu cais...

Beijo!

Ana

Anônimo disse...

Queridoca, acabo de ler a biografia da Maysa também. Vamos trocar figuras. Tá em SP? Adorei meu carnaval, depois conversamos.
bjo, saudades.
Má F.