12 fevereiro, 2009

Utopia da intensidade

Tenho dificuldade com amarras das regras, dos rótulos, das etiquetas, da religião, do que vão pensar. Tenho dificuldade com pessoas muito quietas que não gritam o que pensam, não discutem, não falam o que cala dentro delas mais fundo, não deixam as mãos voando no ar para falar. Sei que seria a ditadura da intensidade se o mundo fosse todo assim: pessoas falando alto, com as veias saltando no pescoço, os braços voando no ar,discutindo toda e qualquer coisa, filosofando sem causa alguma o tempo inteiro, como se estivessem numa mesa de bar, fazendo tudo quanto quisessem a hora que quisessem. Mas que eu me sentiria mais confortável, ah, talvez eu me sentisse.
É a perfeita utopia da intensidade. Enfim, talvez precisemos mesmo nadar em águas calmas para não sermos arrastados pela correnteza da vida. Talvez por isso existam aqueles que fazem psiu quando estamos aumentando o tom de voz.

2 comentários:

Ana disse...

Sei que é necessário para a harmonia social, mas, cá entre nós, odeio essas pessoas que fazem "psiu!"...
Abraço!
Ana

Marina F. disse...

aiai, a intensidade...ainda bem que somos assim, né? Ah, e adoro o texto do Caio que vc publicou mais abaixo....
bjs, saudades!