03 novembro, 2008

Curtas

Sem assunto
Acho que tem um quê de verdade aquela história de que a gente escreve mais e melhor quando está sofrendo, em conflito ou morrendo de amor. Minha vida está tão boa - claro, não perfeita, obviamente - que eu ando sem inspiração para escrever...Acho que é hora de começar a exercitar a poesia quando se vive a poesia. Não é possível que eu só consiga jorrar algum poema ou o que valha quando acho que estou sem rima na vida...

Privacidade...
Tem um imbecil que fica utilizando o que lê a meu respeito na internet para tentar me intimidar. E o pior: no meu trabalho. Pergunto-me: escrevo para aparecer? Que porra é essa de ficar escrevendo em blog? Mato ou não mato ess página? Será que de jornalista aspirante a boa jornalista e jornalista aspirante a letrista (cadê essas letras que ficavam dentro de mim?) eu me transformarei em mera digitadora de mails de trabalho? Ando com preguiça de escrever, tenho preguiça de responder mail, tenho preguiça de escrever aqui, tenho preguiça de conversar no msn. Tenho raiva de me sentir exposta. É óbvio que eu sei que o mundo vê isso aqui. Mas daí a ficar repetindo o que lê dando a interpretação que se queira e para coagir alguém, aí é o fim né...Tem gente que é doente mesmo...

Amizade
É engraçado mas ando com uma baita saudade dos meus amigos de outrora, os de Campinas principalmente. Das rodas de samba...Teve uma das boas recentemente e eu não pude ir. Estava trabalhando...Puxa, é uma saudade que dói mesmo de estar entre esse povo, especialmente os de música. Por outro lado, parei para pensar em como nessa babilônia de São Paulo, onde todo mundo é meio autista, o quanto fiz amigos importantes, o quanto criei laços fortes. Nunca me senti tão próxima das pessoas. Nunca tive amizades tão táteis, de dizer que ama e de ficar abraçado. De dar colo e deitar no colo. E nunca recebi tanta gente na minha casa. E isso tudo na gelada Avenida Paulista. Contatos verdadeiros, mesmo. Como isso é intenso. Como isso sou eu...

Meu ídolo
Meu pai, meu maior ídolo, está quase terminando o CD dele. Sim, faz 1 ano e meio, mas está saindo. E o CD tá ficando lindo, lindíssimo. Estou ouvindo enlouquecidamente, e adorando. E ficando cada vez mais fã.
Só essa letra aqui que ele fez pra minha mãe, já é de matar, não é não? Deus podia fazer esse gene aparecer um pouco mais forte em mim, pra eu poder fazer umas músicas tão bonitas...

"Branca"

Branca como a bandeira da paz
Que se agita e que traz notícias do fim da guerra
Branca, igual a nuvem que passa
anunciando de graça a chuva que cai na terra

Branca como alma de criança
fez reviver a esperança morta no meu coração
Branca, igual à lua no espaço
iluminando meus passos dentro da escuridão

Branca como a crença mais pura
da mais fiel criatura
abençoada por Deus
Branca, mas com sangue de mulata
que samba e faz serenata
na alma desse seu nego
Que sem sossego, morre de medo do desprezo seu

Um comentário:

Marina F. disse...

Linda a letra!!!!
Quero este CD.
beijo, minha amiga, saudadocê.