11 dezembro, 2008

E as orquídeas desabrocharam

Demorou mas elas começaram a desabrochar. Uma, depois outra, frágeis, lindas, bem feitas em cada detalhe. Um ano todo foram invisíveis em um pote com terra e três míseras folhas verdes. Quem diria que dali sairiam novos botões, agora tão róseos, tão saudáveis, a enfeitar a minha janela.
Desabrochamos nós também. Depois de quase seis primaveras, outros seis rígidos invernos, alguns mais frios que outros, alguns apenas míseras folhas verdes, meio abatidas, doentes. Agora somos fortes em toda fragilidade que pode ser um "nós", a fragilidade da vida, que a torna ainda mais bela, o risco do sentimento, o risco de ser dois em um e conseguir continuar sendo um em dois.
Mas de tempos em tempos desabrochamos, belos, perfeitos em cada detalhe, e a cada desabrochar descobrimos que a espera valeu a pena. É esta certeza que nos faz apostar tudo no cultivo de nós dois. Agora, mais do que nunca, é tempo de flores.

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